(para Vinico, Dolores e Mariquinha)Atualmente, mais que antes, desejo a flor mais linda, a paz de criança dormindo e toda a ternura do mundo para enfeitar o meu repouso, que há algum tempo está atribulado e insuficiente.
Contudo, passada noite recebi uma visita morfética vinda lá do interior das Geraes, o Vinico.
Vinico é aquele tipo de rapaz que tenta ser indiferente, blasé e ácido - e consegue muitas vezes - mas o meu visitante era doce e sociável, tinha um charme tímido, quase arisco e um sotaque acolhedor.
Ontem, terça-feira 12, Guim e Mariquinha gozamos um espetáculo de música em pleno horário de almoço: O Lado B de Dolores Duran.
‘O Lado B...' apresentou-nos a desengonçada e simpática Denise Duran, irmã de Dolores,
o cantar comprimido bossanovista e canastrão paul-ankista de Pery Ribeiro (o filho de Dercy com Raul Gil? Nem tanto! De Dalva de Oliveira e Herivelto Martins – fraquinho, fraquinho...)
e a delícia canora do desempenho dos meninos cariocas do Severino Filho, (indubitavelmente o auge do espetáculo), mostrou-nos a alegria e o bom humor de algumas gravações de Dolores. Em tempo: como são bem humoradas as letras do Billy Blanco!
Billy, com certeza, é parte do lado B de Dolores.
Não sei qual é o meu lado B.
Não sei nem o que prevalece em meu temperamento.
Sei que é muito bom virar o disco e ouvir as trilhas outras que compõem minha ‘junkie’ Box.
Sei ainda que preciso enfeitar minhas noites e as noites dos meus bens ao som dos sambinhas safardanas de Blanco, por que amar a minha história (os meus lados A e B e todos os que neles estão inseridos) é uma decisão!
Como foi bom visitar o Lado B de Dolores!
Como foi bom ser visitado pelo Lado B do Vinico!
Realmente Grato!
